terça-feira, 17 de agosto de 2010

Semana vocacional -A alegria de servir o Reino!







Sinto uma grande alegria pelas diferentes experiências de vida e de fé realizadas durante a semana vocacional que aconteceu em Guaraniaçu nos dias 25 ao 31 de julho em preparação da Ordenação Diaconal do seminarista Eder Aparecido de Souza. Sentimento este que brota de um agradecimento sincero e humilde, ao Senhor da messe que nada deixa faltar àqueles que Nele confiam!
Posso partilhar afirmando que Deus se fez presente de mil maneiras: na generosa acolhida e apoio dos freis, dos agentes de pastorais e movimentos; no carinho das famílias que não mediram esforços para nos acompanhar em todos os momentos da caminhada; na beleza da partilha; no diálogo aberto e na comunhão fraterna com o irmão que a cada dia se tornava companheiro na missão; na providência divina que lado a lado nos guiava pela mão... Mas, sobretudo rever esse mesmo Deus nos mais diferentes volto sofridos e nas mais variadas situações de dificuldade: no idoso que vive o drama da solidão e da enfermidade, o qual viu nos missionários a oportunidade de ser ouvido e amado, mesmo que por pouco tempo; na vida familiar flagelada inúmeras vezes pela dor da separação, do divórcio, do abandono, da morte, das drogas, das bebidas alcoólicas, pela falta de emprego e de justiça social; no rosto dos tantos jovens, bombardeados por um mundo que oferece muitas coisas, mas que no fundo os deixa sozinhos diante dessa vida que ainda deve se realizar, que no diálogo aberto colocavam que são sedentos de felicidade; no sorriso e na simplicidade das crianças que, mesmo diante dos grandes problemas como a pobreza, sabiam abrir os braços e estender a mão para nos acolher e também nos acompanhar...
Servir a Deus é viver nessa dinâmica do hoje, pois como bem vimos, essas experiências só marcam porque buscamos viver com intensidade, como bem fala o grande Santo Agostinho; “temo o Senhor que passa”.
Ter feito essa experiência de peregrino que de casa em casa batia a mão, pedia posso, confiando na providência, faz pensar e com liberdade afirmar: este mundo é pequeno demais para nele nos apegarmos diante do eterno e infinito que habita dentro de nós. Deus nos precedia sempre nos diferentes caminhos nos quais deveríamos passar, certeza essa que se fez verdade.
Dentro desse contexto, nos fica o convite de repensarmos a nossa dimensão missionária que recebemos no nosso batismo, pois ser cristão é viver como peregrino nesta terra, com os olhos e o coração fixos na terra prometida.
Que o Senhor ilumine nossos passos e nos mostre que a estrada da missão começa aqui do nosso lado: no sorriso doado, na mão estendida, no coração aberto, nos pés que vão ao encontro e nos olhos que trazem esperança...
Certa que a vida é uma escola, agradeço ao Bom Deus por mais essa oportunidade de viver e experimentar a sua Divina Providencia e Bondade Infinita.

Ir Rita Schinaider OJM

quinta-feira, 15 de julho de 2010

A serviço das vocações!












O Serviço de Animação Vocacional da Congregação estando engajado no mesmo trabalho a nível diocesano, está realizando pequenos passos, mas significativos.
O contato com o mundo juvenil é sempre um desafio, mas ao mesmo tempo é encantador por seu jeito expansivo e provocativo. Pois os jovens de hoje querem ver em nos consagrados um testemunho valido e transparente da beleza do ser discípulo missionário de Cristo, e ainda, quando os mesmos mostram interesse por essa opção de vida vocacional (vida religiosa), são muito críticos: querem uma proposta clara e segura. Sendo que eles já vivem numa “sociedade liquida”, onde tudo é fragmentado e não duradouro.
Dois momentos interessantes foram vivenciados, um o encontro com os jovens de Ibema no dia 20 de junho e o outro em Três Barras do Paraná com os grupos de crismandos.
Tendo objetivos diversificados, mas também em comum, o primeiro momento visava o jovem ter uma própria identidade e autonomia diante dos grandes desafios da sociedade atual que, sempre mais influencia nossa juventude tornando-a cada vez mais prisioneira.
Também foi colocado, a importância dos valores: o encontro com Jesus e das relações maduras, ou seja, saber viver e construir uma comunidade empenhada nesse processo de transformação da nova humanidade, tendo como ponto de partida o vida em Cristo.
Foi interessante notar o quanto o jovem se deixa trabalhar, ajudar quando temos objetivos claros e propostas de vida; o jovem de hoje é fortemente sedento de Deus. Precisamos nos colocar ao seu lado como pessoas humanas, redimida pela graça, capazes de estender a mão e abrir o coração para que essas novas gerações encontrem a beleza da vida, realizando uma experiência vital com o próprio Autor de toda existência.
No segundo momento, o encontro com os crismandos de Três Barras, foi focalizado o significado profundo do sacramento da crisma, acompanhado da pergunta: o que é ser crismado? Notamos grande interesse dos mesmos, principalmente quando foi abordado que somos templos do Espírito Santo, aonde foi colocado os valores do respeito pela vida, pelo próprio corpo, do amor pelo próximo e da sua aceitação... Na conclusão dessa parte formativa lançou-se a provocação e, o convite, de que somos chamados, após a livre confirmação da fé, a sermos missionários, a termos uma proposta de vida, um ideal, uma meta a seguir.
Podemos dizer que foi uma jornada vocacional, pois a vocação brota do tomar sempre mais conhecimento da própria identidade como pessoa, como cidadão, como cristãos membros vivos da Igreja.
Esses são momentos que proporcionam seja o crescimento pessoal que comunitário e ao mesmo tempo eclesial. Pois como pessoas chamadas pelo Mestre, temos como tarefa prioritária fazer com que as novas gerações conheçam e vivam essa vida em Cristo, como bem afirma o Doc. de Aparecida: “Conhecer a Jesus é o melhor presente que qualquer pessoas pode receber; tê-lo encontrado foi o melhor que acorreu em nossas vidas, e fazê-lo conhecido com nossa palavra e obras é a nossa alegria” (nº 29).

Postulantes: Márcia, Jussane, Elenice e Irmã Rita

sexta-feira, 4 de junho de 2010

A Eucaristia é foi minha cura. Corpus Christi


Eis um testemunho que mostra como Jesus continua curando os seus basta, pedir e confiar. Pois ele mesmo disse que a fé move montanhas.
Tenho a graça de testemunhar que o poder de Deus transforma mesmo aquilo que dissemos ser hereditário. Na minha família do lado paterno temos um problema de circulação que atinge boa parte das pessoas, com varizes e com problema sério de coração. Eu não fiquei fora dessa lista, com 28 anos de idade já precisei passar pela cirurgia de varizes retirando a safena da perna esquerda e partes da perna direita. Devido às complicações que não me deixavam andar direito. Passei alguns anos bem e depois começou tudo outra vez, porém com mais intensidade. Aos 39 anos estava com dores intensas que me prejudicavam e dificultavam as minhas atividades, pois tinha dias em que andar era difícil. Voltei ao médico e ao fazer um exame ele me disse: “você tem 39 anos”, mas suas veias são de uma pessoa de 60 anos. Terá que se cuidar muito e usar meias de compressão vascular direto, caso contrário em quatro anos estará impossibilitada de andar, pois suas veias estão muito fracas. Se não cuidar andará de cadeiras de rodas.”
Confesso que fiquei triste, mas depois comecei a pensar: se tenho só quatro anos para andar direito e trabalhar para o Reino de Deus vou doar-me de um tudo. Assim quando chegar a hora de parar Deus me dará a coragem de continuar firme na fé sem desanimar com a dor e a impossibilidade de andar. E foi o que fiz, procurar doar-me ao máximo, mesmo que muitas vezes fui acusada de ser ativista, mas eu tenho um compromisso com Deus.
Em 2009, no dia 31 de maio, a equipe da Pastoral Vocacional Arquidiocesana e o Seminário Menor de Aracaju, organizaram uma caminhada penitencial de Riachuelo até Divina Pastora. Estava certo para participar, mas naquela semana as minhas pernas tiveram uma crise terrível, passei com remédios a semana toda. Tanto que Ir. Iracema que esta na comunidade comigo, não queria que eu fosse para a caminhada, para evitar mais problemas, porém eu não quis ficar e então me propuseram ir no carro de apoio, mas eu pedi para caminhar até que suportasse depois eu iria no carro de apoio, mas com a graça de Deus eu cheguei até a Igreja andando e não senti dor alguma. Quando cheguei lá a alegria era tanta que eu estava transbordando.
Na hora da comunhão, eu disse a Jesus: se quer me dar a graça dessa cura eu aceito”. Depois o dia passou normal sem dores. Ainda na segunda feira calcei as meias por costume. Mas sentia não precisar mais delas e a tarde tirei e não mais as coloquei. Porém ao levantar ainda sentia que meus pés estavam inchados como se tivessem uma camada de algodão embaixo dos pés, mas não sentia dor.
E aqui eu posso dizer que Jesus fez comigo como fez com aquele cego do evangelho, que ele passou a lama nos olhos e ele via os homens como arvores e depois Jesus o tocou de novo e ele via perfeitamente.
Nesta mesma semana na quinta feira era dia de Corpus Christi, neste dia Jesus me toucou novamente. Quando levantei que coloquei os pés no chão eu senti tão livre e leve como se tivesse 12 anos de idade. Senti uma emoção tão grande que tinha vontade de gritar para o mundo todo saber que eu estava curada. Mas me contive falei para Ir. Iracema: hoje minha caminhada de Corpus Christi vai ser uma benção ela me olhou e disse mas, sem meias? Respondi: não vou mais precisar delas.
A tarde começamos nossa caminhada do Albano Franco para Marcos Freire I, na matriz, lá nos juntamos ao outros e fomos para João Alves, passei a missa toda em pé e voltamos andando. Não senti nada de dor e até hoje nunca mais usei as meias. Hoje é um ano que Deus me presenteou com essa graça.
Jesus na Eucaristia tem grande poder. Não deixam de ir a missa, de visitar a capela do Santíssimo e participar dos momento de adoração. Pois ele é a nossa força e a nossa cura. Obrigado Jesus.
Ir. Cleonice da Silva
Consagrada na Congregação das Irmãs Oblatas de Jesus e Maria.
N. Sra Socorro, 03 de junho de 2010.

quarta-feira, 19 de maio de 2010

Celebração dos 25 Anos no Brasil


Celebração de Jubileu de Prata das
Irmãs Oblatas de Jesus e Maria
25 anos de presença no Brasil

“Aquele que iniciou em
vocês esta obra boa,
a levará ao cumprimento
até o dia de
Jesus Cristo”. (Fl 1, 16)

A Congregação das Irmãs Oblatas de Jesus e Maria nasceu na Itália na 1745, e desenvolveu seu Carisma em algumas cidades deste território e somente em 1985 abriu seus horizontes para a Missão no território brasileiro. Depois de um longo período de preparação, através da superiora geral Irmã Maria Clara Toscano, três irmãs: Ir. Consolata, Ir. Imaculata e Ir. Grazia se colocaram a disposição para trazer o Carisma da Oblatividade entre nós.
Em Saudade do Iguaçu as Irmãs começaram a vida de missionárias vivendo a espiritualidade Cristocentrico-Mariana no aspecto oblativo entre as pessoas mais necessitadas daquela pequena cidade, buscando encarnar o evangelho, procurando fazer a vontade de Deus: “Meu alimento e fazer a vontade do Pai” (Jo 4, 34)
A nossa Missão é sermos continuadoras da obra de Redenção de Cristo no meio da Humanidade, sendo um dom para o mundo! As primeiras Irmãs transmitiram as jovens que iniciaram o caminho de consagração, o ardor por essa missão.
Com muita alegria de estar inserida nessa terra de missão as primeiras Oblatas doaram parte da sua vida, sustentadas pela oração e oferta de todas as Irmãs da Congregação, através do Apostolado específico que é a formação integral das crianças e da juventude através da escola, catequese e demais pastorais da Igreja que envolvem essa faixa etária. Essa paixão foi acolhida por nós Irmãs brasileiras para unir-se a mesma identidade e levar adiante entre o nosso povo o Carisma, Espiritualidade e Missão.
Atingimos a força vital para a missão da Eucaristia contemplada e celebrada, para sermos como Jesus alimento para os nossos irmãos. A centralidade da nossa ação parte da contemplação cotidiana da Eucaristia e da Palavra meditada. Procuramos como nossa Fundadora Madre Maria Anna Tereza Maggiori ser uma resposta aos sinais do tempo presente às necessidades das crianças e dos jovens, os quais estamos em contatos com ações simples para que cresçam de forma integral.
Como os discípulos de Jesus somos chamadas a viver em comunidade a qual tem por fundamento e por seu natural alimento o amor “A plenitude da lei” (Rm 13, 10), e vínculo de perfeição (Cl 3, 13-14). Na comunidade partilhamos a Vida, a Oração e o trabalho expressão visível da comunhão e de um apostolado eficaz.
Buscamos a santidade através dos Conselhos Evangélicos da Castidade, Pobreza e a Obediência. Na Castidade oferecemos a Deus todo nosso ser e nos torna sinal da união de Cristo com a Igreja. Na Pobreza Evangélica queremos participar mais perfeitamente ao despojamento de Cristo, pondo nossa segurança em Deus, libertando-nos do individualismo manifestamos a nossa pobreza com forte sentido de pertença à comunidade e ao território local. A Obediência é o ápice da doação Oblativa, pois se funda no mistério da Obediência de Cristo onde escolhemos a vontade de Deus como guia da nossa vida, através das mediações.
Com grande alegria que nós irmãs da Comunidade de Francisco Beltrão, Celebremos os 25 anos com toda comunidade Paroquial. Agradecemos a todos que juntamente com nós partilharam dessa alegria. Que Deus recompense a todos .

Irmã Janete

domingo, 2 de maio de 2010

O testemunho suscita vocações




Essa é o tema que o Papa Bento XVI propôs para a 47ª Jornada mundial de oração pelas vocações realizada no dia 25 de abril. De fato, diz o papa, “a fecundidade da proposta vocacional depende da ação gratuita de Deus, mas é favorecida também pela qualidade e riqueza do testemunho pessoal e comunitário de todos aqueles que já responderam ao chamamento do Senhor”.
Ao mesmo tempo em que essa quis ser uma reflexão é, para mim que sou religiosa, uma ocasião para pensar: como estou vivendo e testemunhando a beleza de ser alguém amada, escolhida e consagrada a Deus pela causa do seu Reino?
No mundo que vivemos, aonde é grande a concorrência, aonde são tantas a propostas, as atrativas feitas para atrair principalmente os jovens e adolescentes, um testemunho fiel, coerente, generoso e humano tornar-se instrumento precioso nas mãos de Deus para que o seu convite chegue ao coração daqueles que Ele mesmo escolheu para trabalhar na sua messe.
O Papa no decorrer da sua mensagem destaca três aspectos que são essências, diz ele, para que o testemunho seja eficaz:
• A amizade com Cristo: uma vida de oração que leve a realizar uma experiência profunda e intima com Deus;
• O dom total de si mesmo a Deus: uma doação que se faz concreta no dar-se fielmente e continuamente aos irmãos, fazendo-se companheiros de viagem;
• Viver a comunhão, pois é da mesma que seremos (religiosos/as) reconhecidos como seus discípulos.
Um testemunho que ao mesmo tempo é desafiador é desafiante, pois como vimos só podemos anunciar se antes temos vivido aquilo que agora estamos anunciando.
“O homem contemporâneo escuta mais atenciosamente os testemunhos do que os mestres, e se escuta os mestres é porque são testemunhas”- dizia o Papa Paulo VI na sua Exortação Apostólica, Evangelização no mundo contemporâneo, no n. 41.
Realmente numa sociedade aonde as palavras não deixam de ecoar, o testemunho silencioso, profundo e simples, alegre e coerente faz com que a vida encontre o seu pleno sentido na beleza de viver profundamente o mistério de um Amor que da sempre o escolheu para si e, que é vivido, sobretudo nas pequenas coisas ordinárias.
Que a graça de Deus faça de nós consagrados servos fiéis, amantes do Reino, sedentos da Verdade, corajosos testemunhas que gritam com a vida, que vale apena acreditar no chamado e deixar tudo para seguir os passos do grande Testemunha do Pai: Jesus Cristo.




Ir. Rita Schinaider ojm

Não temas Maria


Não temas Maria

Sei muito bem quês és filha do homem, feita de carne, mas não contaminada por ela. Se Ele te chama és porque escolheu- te e confia na tua resposta: Não temas Maria!

Serás um caminho inédito, pois Deus escolheu se manifestar na humanidade como Filho Do Homem, irmão de cada um e precisa então do teu ser para dele nascer: Não temas Maria.

Pra você serás tudo um peregrinar na fé, pois aos poucos os mistérios iram revelar-se, caminharás na noite escura aonde somente a confiança e o abandono em Deus serão luz no teu caminho: Não temas Maria!

Quantas vezes a dor e o sofrimento serão fortes em teu coração e uma espada traspassará a tua alma, mas Aquele que te escolheu não te abandonará , Aquele que em ti gerou, és o teu Esposo fiel: Não temas Maria!

Duras horas cruéis o plano divino te reservarás, horas santas necessárias para que toda a humanidade seja lavada no sangue do Teu amado Filho, sangue também teu, pois a Ele entregarás todo o teu ser: Não temas Maria!

Silêncio profundo, lágrimas humanas de um coração que só amou a Deus brotaram no teu santo rosto, lágrimas de quem cumprirá plenamente a Sua Vontade, plenitude do amor, total oblação, mártir no coração: Não temas Maria!

Sou a SERVA, a escrava do Senhor, que em mim se cumpra a Tua Vontade, sou em tuas mãos um instrumento usa-me como queiras: Eis-me aqui, me abandono, confio em Ti meu Senhor.

segunda-feira, 22 de março de 2010

Encontro Vocacional do mês de Março 2010









“ CONHECENDO MARIA”
No segundo encontro vocacional dia 07-03-2010,com as vocacionada deste ano, refletimos com o Tema: Conhecendo Maria . Ir.Iracema, após a oração convidou as vocacionada presentes que fossem até o quadro e continuasse a escrever o que significa Maria na sua vida. Maria para mim é nossa e mãe de Jesus, amiga, intercessora, nossa guia, modelo...etc. Através desta reflexão, podemos dizer que amamos a querida Mãe de Deus e que estamos na escola de Maria. Para entender a nossa reflexão sobre a Mãe de Deus vamos buscar na teologia o seu significado. Mas o que é teologia. Podemos dizer que é a ciência que se propõe estudar Deus e tudo o que a ele se refere. Deus fez o homem à sua imagem e semelhança e,capaz de refletir sobre o seu divino Criador. Por isso colocou no seu coração um desejo insaciável de buscá-lo, como fonte da verdade e da felicidade. Apesar de ser capaz de encontrar Deus, não é possível ao ser humano-somente com suas capacidades naturais, entender e acolher todas as verdades em relação a Deus. Por isso, como o Pai de amor e misericórdia, Ele veio ao encontro de sua criatura para revelar-se a ela.
Para poder entender a Revelação, o magistério da Igreja na pessoa do Papa, e dos Bispos em comunhão com ele, refletiram sobre os questionamentos que lhe foram colocados nasceu os dogmas , componentes fundamentais e irrenunciáveis da fé católica.A palavra dogma ,vem do grego e significa decisão, decreto. Os dogmas são definidos mediante uma declaração explicita e solene de um Concílio ou do Santo Padre o Papa. São dogmas, por exemplo, a existência de Deus, a Santíssima Trindade, a Ressurreição de Cristo a inefabilidade papal, a presença de Cristo na Eucaristia.
Existem dogmas de Nossa Senhora. Sim Maria tem um lugar de destaque no conjunto da fé cristã, por isso o Magistério ocupou- se muitas vezes com sua pessoa e sua missão.Em algumas destas oportunidades, foram proclamados dogmas sobre Nossa Senhora. São quatro os dogmas marianos: sua Maternidade Divina, sua Perpétua Virgindade, sua Imaculada Conceição e sua Assunção ao céu em corpo e alma. Para cada um dos dogma serão dedicados dois temas. O primeiro, abordará o conteúdo propriamente dito; o segundo, ressaltará um aspecto desse conteúdo aplicado a vida do cristão. O primeiro estará sob a divisa ‘conhecer MARIA’;o segundo porque nos empenhamos não em conhecer e amar Nossa Senhora, mas também em imitá-la em suas virtudes.



Durante este ano os encontros serão todos sobre Maria. As vocacionada quero desejar um bom caminho vocacional e que Maria ajude cada uma a descobrir sua vocação.
Ir. Iracema Gabiati

sexta-feira, 19 de março de 2010

46 Anos de Oblação...

Quando a Ti me consagrei,
Minha vida e meu ser,
Senti transformar meu viver.
Dia a dia a caminhar,
E os meus passos Te entregar:
Meu ideal é Você!

Madre Maggiori me fez sentir
Que ser Oblata é viver
Todo dia um novo Sim.
Tua cruz me faz lembrar,
Que o amor é Doar!

É tão bom viver essa Vocação,
Como Maria viver a Oblação.
E deixar-me guiar por Você.

Em todos posso Te encontrar,
Na Eucaristia Tu vens me falar,
Que o meu olhar busque Você!

É o Teu amor que me faz assim,
Igual Maria Maggiori
Viver um Eterno Sim.
Oh Jesus vem comigo andar
Tua sou, para Amar!
(Jussane)

Parabéns Ir. Consolata pelo teu testemunho fiel nestes 46 anos de oblata de Jesus e Maria, que Deus continue fazendo de tua vida um raio de sua luz divina para iluminar a humanidade.






quinta-feira, 11 de março de 2010

A Dor de um Consagrado







A dor que transpassa alma e o coração, a dor de ter sentimentos de falimento, de derrota de incapacidade, quando se percebe que parte de dentro de si mesmo essa incapacidade de amar, de criar laços eternos em Cristo, de profunda e livre amizade; dor que se faz presente na incompreensão, na falta de escuta, de atenção; uma dor de ter se encontrado com um coração de pedra, ao invés de um coração humano.
Uma dor que se manifesta nas lágrimas, na vivencia da solidão; que impede o sair de si mesmo, nascendo o acomodamento, a falta de força para arriscar, para acreditar que tudo é possível.
A dor imensa em ver que muitos deixam tudo. Deixam sonhos, seus desejos mais nobres por não ter tido a coragem suficiente para acreditar nesse amor, em si; por não ter tido a valentia e a força de restar mesmo estando sozinhos diante de barreiras, que mesmo imensas, podiam ser escaladas.
A dor da indiferença que faz dos corações consagrados frio, não humano diante de tantas lágrimas, dor da violência, da injustiça, que corroem a vida dos homens.
A dor da falta de coerência, de um testemunho vivo, de falta de esperança, de profecia que deveriam ver o sinal visível de que ser consagrado é ser outro Cristo aqui na terra.
A dor de ver tantos que buscam, que sonham, que desejam ardentemente e que dizem: “eu quero ir para frente” ser todos mortos, acabados em nome da “vontade”, assim dita de Deus, mas que no fundo é a falta de abertura para novas gerações que com seu jeito diferente colocam em crise os sistemas, as tradições, a vida dos consagrados .
Essa dor é imensa, é forte, pois se essa realidade continuar muitos sairão frustrados, desiludidos e perdidos porque não terão ninguém que acredite neles, nos seus ideais.
Essa é a minha dor, o meu pecado, o meu arrependimento, e o desejo profundo de buscar em Deus essa vida nova; a deixa que o Espírito rompa meus esquemas e me de coragem de não somente sentir a dor dessa vida consagrada, mas de com a vida levar a esperança e o amor. Amém.

artigo de um consagrado

sexta-feira, 26 de fevereiro de 2010

"UM ANO PARA JESUS"!




"Antes mesmo de te formar no ventre materno, Eu te conheci; antes que nascesses, Eu te Consagrei". (JER 1,5)


Com essa certeza, eu, Inês, deleitei-me em fazer Sua vontade de dedicar um ano de minha vida a Jesus. Abandonei o amanhã em Suas mãos, e, mesmo com medo da caminhada, depositei Nele toda minha confiança. No desejo de servir ao Rei, estou nesta comunidade, onde fui recebida por todos com imenso carinho, em especial pelas Irmãs Janete e Ivanir.Esta calorosa acolhida motivou-me ainda mais a seguir neste ano, na vivência e trabalho na comunidade e a buscar atentamente os sinais que Deus esqueceu em mim e assim descobrir a que missão Ele me chama!


Inês kurpel

quinta-feira, 18 de fevereiro de 2010

"Você é único".


Nunca houve entre os bilhões de seres que já habitaram o planete desde que ele foi criado alguém exatamente igual a você.
Nem nunca haverá, até o final dos tempos, outro semelhante igual a você.
Você é único entre os únicos. Possuidor de qualidade únicas como a mente, a voz, os movimentos, o olhar , a aparência e a personalidade. Ninguém jamais foi nem será igual.
Por que então pensa em si com o valor de centavos? você vale muito mais do que os reinos de muitos reis!!! Você é único.....

quarta-feira, 17 de fevereiro de 2010

" Vocação: "Dom de Deus"!


"Antes mesmo de te formar no ventre materno,
Eu te conheci, antes que saísses do seio, Eu te consagrei"... (Jr 1,5)


Nós Irmãs Oblatas de Jesus e Maria, da comunidade de Francisco Beltrão nos alegramos nesse novo ano com a presença das duas jovens Inês e a Alessandra, que sentindo o chamado de Jesus, aqui estão para iniciar uma caminhada de formação e de discernimento vocacional.
Desejosas de viver um caminho de doação ao Senhor, juntamente conosco vivendo a vida de comunidade, vida de Oração, vida de trabalho e de expereiências pastorais.
Vocação Dom de Deus que tem como finalidade a realização plena da pessoa humana, e nessa certeza de que antes mesmo de sermos formadas no ventre materno o Senhor ja nos tinha conhecido e consagrado, aqui estamos para juntamente com essas jovens realizar plenamente e com grande alegria a Missão que o Senhor nos confio.

"Aqui estou! Envia-me"
Irmã Janete







terça-feira, 9 de fevereiro de 2010

Encontro vocacional na Casa de Sergipe Socorro


Todo o primeiro domingo do mes, é promovido o encontro cocacional com as jovens que manifestam o desejo de conhecer mais a Congregação e fazer um discernimento vocacional. Dia 07 de fevereiro de 2010, aconteceu o 1º encontro vocacional. No qual fizeranse presentes 5 jovens de 14 anos acima. Durante o encontro foi procurado conhecer-se um pouco mais sobre cada uma e apresentado a elas a histéria da congregação, a qual segue em anexo:




TRÊS SÉCULOS DE HISTORIA
Nas proximidades da Igreja Matriz, em uma habitação que hoje não existe; dia 26-01-1686 nascia, em Albano Laziale, perto de Roma, Itália, Maria Maggiori, terceira de três fi­lhos que alegraram o casamento de Cario Maggi­ori e Ana Lilli, albanensi.
Pelos pais foi levada à igreja para ser Batizada no dia 02 de fevereiro do mesmo ano, dia no qual a Igreja comemora a festa da Purificação de Nos­sa Senhora, e recebeu o nome de Maria.
Em casa Maria recebeu uma sadia educação e crescia revelando-se sempre mais inteligente, vi­vaz, estudiosa sobretudo pelas coisas de Deus tan­to que se tornou mestra das suas companheiras.
João Cesarini (Seu filho espiritual que nós cha­mamos de seu histórico), conta que com a idade de seis anos Maria achava tempo de ir à Missa todo dia e todos se admiravam pelo piedoso com­portamento que ela tinha e pelo seu modo de re­zar "ficava longo tempo em adoração na frente do Sacrário”
Maria crescia revelando sempre mais distinta­mente aquela sabedoria que distingue os escolhi­dos por Deus para uma missão particular.
Os elogios e as críticas não faltaram, mas a moça Maria, também sofrendo permaneceu fiel a misteriosa voz interior, que lhe fazia perceber sem­pre mais claramente, à missão a qual deveria de­dicar sua vida.

ALBANO NAQUELE TEMPO
Os habitantes de Albano, naquele tempo, como de outras cidades, quase todos vi­viam da produção agrícola, produção às vezes escassa por estarem sujeitas as calamida­des atmosféricas. Por isso a maior parte das famí­lias eram de modestas condições econômicas as quais se juntavam a ignorância derivada do anal­fabetismo.
Naquele período não existia escola municipal. Assim sendo, as crianças e as moças, passavam a maior parte do tempo nos jogos de rua e também no ócio, que como se sabe, é o caminho dos víci­os.
Este foi o campo que levou a jovem Maria a refletir e a questionar-se sobre o que poderia fa­zer por elas, solicitada naturalmente pela voz in­terior do Espírito.
Resolveu que era urgente começar a formar uma sadia laboriosidade e instruir as jovens gera­ções. A atenta observadora, já conhecida pela sua cordial disponibilidade e serenidade, se coloca a serviço, acolhendo na casa dos pais as mais ne­cessitadas. Isto acontece em torno do ano 1714. A notícia voa pela cidade e a casa paterna se torna pequena. Como fazer? A jovem Maria não para diante das dificuldades porque percebe que é obra de Deus e para o bem da comunidade. A con­fiança em Deus é a sua arma para ir em frente.

DA CASA PATERNA A RUA S. PANCRAZIO
As meninas, as Jovens e muitos mais, in­clusive seus pais olhavam para a jovem Maggiori como para a sua mãe, e ela por sua vez , não os deixa desiludidos acerca de um projeto que se torna sempre mais claro na sua mente, mas muito mais no seu coração, e bem fir­me na fé em Deus. E esta fé cedo dará seus frutos. O Bispo da diocese de Albano naquele momento histórico, era o Cardeal Fabrizio Paolucci, que ad­mirando o trabalho da moça Maggiori, lhe ofere­ceu a sua proteção com a oferta de uma casa na Rua S. Pancrazio, alugada por ele no valor de 50 escudos anuais.
Uma crônica daquele tempo conta que no ano de 1724 a "Escola fundada e dirigida por Maria Maggiori, com sede em S. Pancrazio acolhia um elevado número de moças as quais recebiam uma sadia educação moral, cristã, social e doméstica".
Entretanto outras jovens se unem a Maggiori no seguimento do mesmo ideal: doar-se totalmente a Deus e doar-se ao verdadeiro bem dos irmãos.


A OBRA SE CONSOLIDA SEMPRE MAIS
No ano 1727 falece o Cardeal Paolucci, e agora quem irá pagar o aluguel da casa? Mas a fé e a confiança na providência, vence todas as dificuldades.
A casa de S. Pancrazio foi adquirida no mesmo ano com auxílio de generosas ofertas de seus ben­feitores e no dia 19 de Agosto a jovem Maggiori com as primeiras companheiras deixam definitiva­mente a casa dos pais começando a conviver juntas.
O novo Bispo de Albano Cardeal Pico da Mi-randola quer conhecer pessoalmente esta escola tão elogiada. E o relatório do tempo conta que o Bispo acompanhado de outras pessoas competentes, vi­sita, observa, questiona e constata pessoalmente que a escola é digna da estima que todos lhe atribuem oferecendo a sua proteção a esta obra.
Os alunos aumentavam sempre mais e também esta sede se tornou pequena. Desta vez a dificulda­de parecia muito grande, mas a obra era de Deus e por isso Maggiori esperava uma resolução positi­va fruto da providência. A sua fé era inabalável.
PEDRO PAULO MAVILIO
Entre aqueles que apoiavam esta escola emerge a figura de um nobre: Pedro Pau­lo Mavilio, romano, que morava em Albano. Há muito tempo admirava a utilidade social desta escola e pensava em beneficiá-la de algum jeito. A ocasião chegou e ele ofereceu a Maria Maggiori o uso do seu palácio novo construído para seu uso, no bairro histórico da mesma cida­de, local chamado ainda hoje de Cellomaio. Esta casa surge sobre os grandes restos das Terme Im­periais Romanas. Maggiori com o parecer favo­rável do Bispo aceitou a grandiosa oferenda que foi regularmente registrada como livre doação em data de 14 de fevereiro de 1735. Neste edifício faltava a Igreja indispensável para uma convivên­cia religiosa. Pela generosidade do Mavilio, no breve período de um ano, foram adquiridas algu­mas pequenas e velhas casas que ficavam ao re­dor do palácio e que foram demolidas dando es­paço para que se construísse a igreja e uma praça.
DA RUA S. PANCRAZIO A RUA CELLOMAIO
Era dia 02 de Julho do ano 1736, o esplen­dor do sol do verão fazia aparecer exteri­ormente a alegria que morava no fundo dos corações. Tudo foi preparado com carinho. A liturgia do dia lembrava a Visitação de Nossa Se­nhora.
Às 11:00 horas uma solene procissão com o SS.mo Sacramento levado pelo Vigário Geral da Diocese, Monsignor Fraccagnani acompanhado pêlos guardas Pontifícias, os estudantes do Semi­nário, pela Jovem Maria Maggiori, suas compa­nheiras e muita participação do povo, saiu da Igreja matriz e se dirigiu à nova habitação. Estava pre­sente também Sua Majestade Britânnica Thiago III de Stuard com a sua corte, os quais estavam passando as férias em Albano, hóspede do Pontí­fice no Palácio Savelli.
Cantando Salmos , laudes sagradas a procis­são chegou a Rua Cellomaio, entrou na nova Igreja já inaugurada no dia 30 de Junho e foi co­locado o SS. mo Sacramento no novo Sacrário, foi celebrada a SS. Missa, cantado o TE Deum em agradecimento a Deus, e dada uma solene benção Eucarística com canto. Com esta solene cerimônia religiosa, Maria Maggiori tomou posse oficialmente de toda a doação feita para sempre por Pedro Paulo Mavilio.
Conta-se que nesta circunstância, algumas pes­soas do povo exclamaram com carinho; "Eis as nossas monginhas". Eram dez, e ainda não tinham o hábito religioso, mas pelo modo que viviam as pessoas já as consideravam almas consagradas a Deus pelo bem do próximo.

NA RUA CELLOMAIO
Na grande sede, a Rua Cellomaio, a nova instituição se encaminha a uma fisiono­mia própria requerida pêlos novos, tem­pos que amadureceram com uma rapidez única.
No ano de 1739 foi eleito Bispo da cidade de Albano o Cardeal Pier Luigi Carafa e com o seu auxílio em pouco tempo se conseguiu muitas coi­sas. Como exemplo, dia 11 de Julho com uma so­leníssima cerimônia religiosa Maria Maggiori e as suas companheiras fizeram os votos religiosos receberam o hábito religioso e assumiram um nome novo. Maria Maggiori passou a se chamar Irmã Maria Ana Teresa do SS. mo Sacramento.
Dia 1° de junho 1745 são impressas as consti­tuições e os regulamentos. Pela vida comunitária e para a direção das obras apostólicas, entretanto se reza, se trabalha e se espera o reconhecimento pontifício coroar as aspirações de longos anos. O breve pontifício do Papa Bento XIV chegou em 8 de Novembro 1745.
A alegria foi grande mas também foi grande a responsabilidade que se assumia, porque o reco­nhecimento jurídico colocava a obra iniciada como querida de Deus, e como tal, agora precisava con­duzi-la. Com a ajuda de Deus tudo se cumpre, alguma coisa na realidade foi feita e se tinha mui­ta esperança no futuro.

MARIA ANA TERESA MAGGIORI
Em sua sede na Rua Cellomaio, a bondosa Madre, por muitos anos ainda, foi a chefe e dirigiu a Obra do seu grande coração de Mãe em benefício de todos os filhos da sua amada Albano. Na sua longa existência, com a oração, seu admirável exemplo, e sua discreta interven­ção.... quantas meninas foram educadas para o verdadeiro sentido da vida, quantas jovens liber­tadas da indigência e do mal, quantos comporta­mentos tortuosos organizados, quantos corações curados na paz de Deus, a verdadeira Paz!!! As crônicas contam que somente a sua presença ma­terna, solucionava situações de brigas difíceis de serem resolvidas pelas autoridades, as quais pedi­am a intervenção da Madre Teresa seguros do ex­celente resultado. E assim acontecia.
Irmã Maria Ana Teresa Maggiori, fundadora e Madre do complexo Comunitário e Escolar -Edu­cacional da Rua Cellomaio rica por virtudes e mé­ritos voou santamente ao Senhor dia 23 de de­zembro 1771, às 15 horas, deixando um grande vazio.
A primeira Irmã a substituí-la na direção desta Instituição reconhecida na sede Apostólica com o nome de " Instituto do Conservatório das irmãs Oblatas de Jesus e Maria" foi Irmã Maria Cons­tante Biondi, nascida em Marino (Roma), que por muito tempo foi secretária da Fundadora e dela herdou uma solícita sabedoria.
Não tardou a chegar na Itália "o ciclone fran­cês" que atravesou os Alpes e desceu até Roma. A história de Albano lembra bem disso....
Em fevereiro de 1798 os Franceses proclama­ram a república Romana. Violência e roubos não tinham fim, o mesmo pontífice Pio VI foi deporta­do e faleceu em Valenza em agosto do 1799. Com o seu sucessor Pio VII, parecia que tinha voltado um pouco de paz, mas foi por um breve período.
A tempestade francesa voltou, engoliu Roma, deportou Pio VII profanando os lugares sacros, e suprimiu muitas congregações religiosas.
Também as nossas irmãs da Rua Cellomaio perderam todos os bens, foram proibidas de dar aula e foram obrigadas a deixar o hábito religioso, mas tiveram a sorte de poder continuar a viver juntas na própria casa, foi o único caso na cidade. Se conta também que foi a primeira comunidade a reutilizar o hábito e a reorganizar todas as ativi­dades depois que o Papa voltou a Roma liberta­do, era o 24 de Maio de 1814 e também em Alba­no foi liberto o cardeal Michele de Pedro também ele tinha sido deportado. A vida com muita rapi­dez, voltou a normalidade e as atividades educati­vas progrediam sempre.
Mas o governo não era calmo, tinha algo que ainda estava fervendo... estávamos em 1870 tro­cam todas as leis e as congregações religiosas com sede na região de Roma e que realizavam ativida­des contemplativas foram declaradas inúteis à so­ciedade e foram suprimidas, os bens delas passa­vam ao estado. Também a nossa família religiosa foi suprimida e despida de tudo. As irmãs ficaram livres para ir embora ou para ficar em uma peque­na parte da casa podendo viver com uma modesta aposentadoria na espera de morrer fisicamente.
Mas a Superiora daquele período, Irmã Maria Saveria Ballestrieri, romana, não aceitou passivamente estas leis e teve a coragem de abrir um plei­to judicial contra a mesma lei e depois de oito anos foi feito justiça com uma sentença assim notifica­da: "Por errónea aplicação da lei" porque a nossa Congregação não era somente contemplativa, mas as irmãs eram dedicadas ao bem da sociedade. E também desta vez continuou-se a viver e a pro­gredir em número, no trabalho especialmente no campo específico da educação e da instrução.

COM O PASSAR DO TEMPO
A Instituição ficou somente em Albano até o ano 1925, ano em que respondendo ao código de direito canônico foi revisado o texto das Constituições, com esta revisão foi libe­rada a fundação de outras comunidades. No ou­tono do 1932 as Irmãs partiram para dois lugares da região de Avelino (Itália) Tudo estava indo bem, mas uma nova tempestade ameaçava outra vez a Itália e se manifestou abertamente em 1939. Era o início da segunda guerra mundial que aca­bou nos anos 1943-44. As Irmãs de Rua Cellomaio foram mandadas embora e a nossa casa se tornou centros de comando militar alemão. As ir­mãs depois de uma perigosa viagem, encontraram fraterna hospitalidade em Assis, cidade Santa. Fi­caram ali por quatro meses esperando que este terrível momento tivesse fim. Isto se verificou em 17 de Junho 1944. Saíram deste momento salvas, junto com todos aqueles que estavam com elas em Assis, mas tinham também tido um derrama­mento de sangue em Albano com oito irmãs fale­cidas e sete feridas.

Neste momento renasceu no coração delas a esperança de voltar na tão amada casa de Cellomaio, conseguiram a folha de permissão que lhe possibilitava viajar de noite e no dia 3 de Julho de 1944 partiam da cidade que lhes havia demons­trado tanto carinho e proteção. Eram em dezenove Irmãs, com um caminhão alugado e dirigido pelo mesmo dono.
Dia 07 de Julho chegaram em Roma, entrando na Ponte Mavilio. Estava um esplêndido dia de ve­rão, e o silêncio da manhã era profundo. Ali para­ram hóspedes da Congregação das irmãs Orsolinas. Dia 10, três Irmãs partiram para Albano, onde en­contraram a cidade deserta e destruída. Também a casa de Cellomaio estava destruída, cheia de peri­gos de todos os tipos.Com muita fé e coragem co­meçaram o trabalho de reorganização e precisaram mais ou menos um ano para que todas as irmãs reentrassem e tudo voltasse a funcionar.
Mais uma vez a Obra começada pela Maggiori voltava a viver depois de uma terceira e terrível prova. Hoje esta Congregação está presente na região de Lazio, Campania, Basilicata, Lombardia (Italia),Paraná, Sergipe (Brasil), Buenos Aires (Argentina).

GRATA LEMBRANÇA
È um dever para nós depois de trezentos anos relembrar a pessoa de Maria Ana Teresa Maggiori que sem nenhuma reserva con­sagrou-se ao verdadeiro bem dos irmãos
Os seus restos mortais descansam na Igreja si­tuada na rua Cellomaio, onde ela tanto adorou o Bom Deus,onde tanto rezou, na fé e esperança que a providência divina auxiliasse nas dificulda­de que a vida apresenta todos os dias
A sua vida foi santa sob todos os aspectos, sem­pre a sombra da qual parece que irradia uma afetuosa assistência e proteção, sobretudo para to­das as crianças e jovens que ainda hoje alegram a nossa casa, pelos quais dedicou com primoroso amor de mãe, toda a sua essistência, sua inteli­gência , seu coração e sua operosidade.
Sim, a bondosa Madre Maggiori, vive ainda hoje na sua Obra, através da humilde e simples dedica­ção das suas filhas espirituais, herdeiras desta no­bre missão, tentando desafiar os outros séculos na maior Glória de Deus e para o bem de todos. Lembramo-la com reconhecimento pelos dons de Mestra de vida e grande Educadora. Somos muito mais gratas à Divina Providência por ter presenteado as nossas vidas com esta pessoa ma­ravilhosa: Maria Ana Teresa Maggiori.

Cristo ainda chama. Que tal você?

MARIA MAGGIORI
Mulher que acreditou no Amor

Ir. Cleonice da Silva
Sergipe - Aracaju - Brasil




sexta-feira, 29 de janeiro de 2010

ADORAÇÃO E CELEBRAÇÃO DA PALAVRA, PELOS 25 ANOS DA PRESENÇA DAS IRMÃS NO BRASIL


Nos dias de férias das Ir.Iracema Ir.Cleonice, Ir.Consolata e Ir.Rita, foi aproveitado para convidar a comunidade paroquial da Paróquia nossa Senhora Mãe da Igreja de Saudade do Iguaçu, no Paraná: através da Rádio Santiago e durantes as missas e celebrações da Palavra para participarem do momento de adoração e celebração da Palavra para louvar e agradecer a Deus e Fundadora Madre Maria Tereza Maggiori pela presença das irmãs no Brasil e pelo trabalho de evangelização nesta paróquia.
No sábado dia 09-01-10, das 14.00 às 16.00h, foi realizado um momento de adoração, refletindo e meditando sobre o sacramento do batismo, lembrando o batismo de Jesus que seria celebrado no domingo e também do nosso batismo. A adoração teve como objetivo a ação de graças por tudo o que foi realizado pelas irmãs nos 18 anos de missão na paróquia.
No domingo dia da solenidade do batismo de Jesus, o seminarista Tiago Berra animou a celebração da Palavra que foi bem dinâmica e bem organizada pela equipe litúrgica e pela participação dos fiéis da comunidade paroquial. Antes de reflexão da Palavra o seminarista chamou as irmãs para dizer onde estão trabalhando. Depois da reflexão Ir. Consolata fez em breve histórico da missão das irmãs nos 18 anos de ação evangelizadora da congregação em Saudade do Iguaçu agradecendo pele acolhida pelo apoio e pela amizade que ainda se mantém com a comunidade paroquial. Após a comunhão Ir. Cleonice fala sobre o projeto um ano com Jesus. No momento de ação de graças uma leiga membro do conselho pastoral fez uma homenagem para irmãs em nome da paróquia agradecendo o trabalho pastoral e por estarmos celebrando os 25 anos de presença no Brasil. Segue a mensagem: a Paróquia Nossa Senhora Mãe da Igreja, sente-se feliz em tê-las em nosso meio para comemorarmos juntos esta data tão significativa, dos 25 anos de história de lutas e incontestáveis conquistas. Tenho certeza que a saudade e as lembranças de vocês, do trabalho aqui realizado e da dedicação, foram imensuráveis pelo povo de Saudade do Iguaçu. Dizia um poeta:
.... “que devemos saber viver o sabor do tempo” ao me debruçar sobre estas palavras fiquei silenciosa por um bom tempo e deixei que as lembranças inundassem meus sentimentos de alegrias e boas lembranças. Creio que esteja acontecendo também com vocês. Obrigada pela paciência, persistência, amor e carinho que tiveram com esta comunidade. Que Deus as abençoe e ilumine na caminhada. Irmãs Oblatas de Jesus e Maria, representadas pelas irmãs aqui presentes Ir. Consolata, Ir. Iracema. Ir. Cleonice e Ir. Rita, para ser oblata que é preciso viver bem o caminho da oblação e da fé para assim poder se doar a todos os que precisarem da vossa ajuda.
Estes 25 anos são motivo de graça, parabéns e que vocês possam ser sustentadas na fé, na esperança que se prolonga na espera da vida eterna, vivendo a caridade no compromisso ativo a serviço dos irmãos. Gostaríamos de terminar esta mensagem com uma súplica a Deus todo Poderoso, para que nos dê a graça das irmãs Oblatas, retornarem nesta paróquia, pois precisamos da vossa ajuda, pois vocês fazem muita falta.Voltem pois as portas das casas e dos corações estão abertas para acolhe-las.
Ir. Iracema Gabiati

terça-feira, 26 de janeiro de 2010

Celebração pelos 25 anos de missão e serviço no Brasil


No dia 09 de janeiro as irmãs Oblatas de Jesus e Maria, querendo percorrer suas origens no territorio brasileiro, celebraram na cidade de Chopinzinho uma missa em agradecimento pelos 25 anos de missão e serviço neste país, pois foi precisamente no sudoeste do Paraná que com a graça de Deus foi lançada as primeiras sementes do carisma da oblação.

Com muita alegria fomos acolhidas por toda a comunidade e pelos padres franciscanos alí presentes.

Nesta ocasião forama revvidos os priemiros anos de missão, vividos com muita alegria e também esperito de sacrificio, testemunhado por Ir. Consolata, uma das primeiras irmãs italianas que iniciaram essa obra no Brasil.

Também Ir. Iracema Gabiatti deu o testemunho da sua vocação, ela que foi uma das primeiras irmãs brasileiras que respondeu com a sua vida o convite de Jesus, "Vem e Segue-me", na Congregação das Irmãs Oblatas de Jesus e Maria.

Durante a celebração foi apresentado o projeto da congregação "Um ano para Jesus"; convidando as jovens a fazerem essa experiência de vida, para tomarem mais consciência de que Deus tem um plano para cada um de nós e também, para viverem por um ano a experiência da oblação- doação, onde as mesmas serão instrumento na contrução do Reino.

Celebrar esses 25 anos é elevar ao Senhor da vida e da História a nosso agradecimento pelo seu amor de Pai que sempre, em todos os momentos, foi guiando nossos passos na perseverança e na confiança ao projeto que Ele quis que iniciássemos e que, ainda hoje, continua a ser "pedra viva" na contrução do seu plano de salvação.

A todos os nossos benfeitores, familiares e amigos que, juntamente conosco, acreditaram que este sonho de Deus se tornasse realidade, a nossa gratidão e que o Pai de Bondade vos abençõe e vos proteja na pessoa de seu Filho Jesus e pela intercessão de sua Serva fiel Maria Santissima.

Casa de Formação São Francisco de Sales