
Todo o primeiro domingo do mes, é promovido o encontro cocacional com as jovens que manifestam o desejo de conhecer mais a Congregação e fazer um discernimento vocacional. Dia 07 de fevereiro de 2010, aconteceu o 1º encontro vocacional. No qual fizeranse presentes 5 jovens de 14 anos acima. Durante o encontro foi procurado conhecer-se um pouco mais sobre cada uma e apresentado a elas a histéria da congregação, a qual segue em anexo:
TRÊS SÉCULOS DE HISTORIA 
Nas proximidades da Igreja Matriz, em uma habitação que hoje não existe; dia 26-01-1686 nascia, em Albano Laziale, perto de Roma, Itália, Maria Maggiori, terceira de três filhos que alegraram o casamento de Cario Maggiori e Ana Lilli, albanensi.
Pelos pais foi levada à igreja para ser Batizada no dia 02 de fevereiro do mesmo ano, dia no qual a Igreja comemora a festa da Purificação de Nossa Senhora, e recebeu o nome de Maria.
Em casa Maria recebeu uma sadia educação e crescia revelando-se sempre mais inteligente, vivaz, estudiosa sobretudo pelas coisas de Deus tanto que se tornou mestra das suas companheiras.
João Cesarini (Seu filho espiritual que nós chamamos de seu histórico), conta que com a idade de seis anos Maria achava tempo de ir à Missa todo dia e todos se admiravam pelo piedoso comportamento que ela tinha e pelo seu modo de rezar "ficava longo tempo em adoração na frente do Sacrário”
Maria crescia revelando sempre mais distintamente aquela sabedoria que distingue os escolhidos por Deus para uma missão particular.
Os elogios e as críticas não faltaram, mas a moça Maria, também sofrendo permaneceu fiel a misteriosa voz interior, que lhe fazia perceber sempre mais claramente, à missão a qual deveria dedicar sua vida.
ALBANO NAQUELE TEMPO
Os habitantes de Albano, naquele tempo, como de outras cidades, quase todos viviam da produção agrícola, produção às vezes escassa por estarem sujeitas as calamidades atmosféricas. Por isso a maior parte das famílias eram de modestas condições econômicas as quais se juntavam a ignorância derivada do analfabetismo.
Naquele período não existia escola municipal. Assim sendo, as crianças e as moças, passavam a maior parte do tempo nos jogos de rua e também no ócio, que como se sabe, é o caminho dos vícios.
Este foi o campo que levou a jovem Maria a refletir e a questionar-se sobre o que poderia fazer por elas, solicitada naturalmente pela voz interior do Espírito.
Resolveu que era urgente começar a formar uma sadia laboriosidade e instruir as jovens gerações. A atenta observadora, já conhecida pela sua cordial disponibilidade e serenidade, se coloca a serviço, acolhendo na casa dos pais as mais necessitadas. Isto acontece em torno do ano 1714. A notícia voa pela cidade e a casa paterna se torna pequena. Como fazer? A jovem Maria não para diante das dificuldades porque percebe que é obra de Deus e para o bem da comunidade. A confiança em Deus é a sua arma para ir em frente.
DA CASA PATERNA A RUA S. PANCRAZIO
As meninas, as Jovens e muitos mais, inclusive seus pais olhavam para a jovem Maggiori como para a sua mãe, e ela por sua vez , não os deixa desiludidos acerca de um projeto que se torna sempre mais claro na sua mente, mas muito mais no seu coração, e bem firme na fé em Deus. E esta fé cedo dará seus frutos. O Bispo da diocese de Albano naquele momento histórico, era o Cardeal Fabrizio Paolucci, que admirando o trabalho da moça Maggiori, lhe ofereceu a sua proteção com a oferta de uma casa na Rua S. Pancrazio, alugada por ele no valor de 50 escudos anuais.
Uma crônica daquele tempo conta que no ano de 1724 a "Escola fundada e dirigida por Maria Maggiori, com sede em S. Pancrazio acolhia um elevado número de moças as quais recebiam uma sadia educação moral, cristã, social e doméstica".
Entretanto outras jovens se unem a Maggiori no seguimento do mesmo ideal: doar-se totalmente a Deus e doar-se ao verdadeiro bem dos irmãos.
A OBRA SE CONSOLIDA SEMPRE MAIS
No ano 1727 falece o Cardeal Paolucci, e agora quem irá pagar o aluguel da casa? Mas a fé e a confiança na providência, vence todas as dificuldades.
A casa de S. Pancrazio foi adquirida no mesmo ano com auxílio de generosas ofertas de seus benfeitores e no dia 19 de Agosto a jovem Maggiori com as primeiras companheiras deixam definitivamente a casa dos pais começando a conviver juntas.
O novo Bispo de Albano Cardeal Pico da Mi-randola quer conhecer pessoalmente esta escola tão elogiada. E o relatório do tempo conta que o Bispo acompanhado de outras pessoas competentes, visita, observa, questiona e constata pessoalmente que a escola é digna da estima que todos lhe atribuem oferecendo a sua proteção a esta obra.
Os alunos aumentavam sempre mais e também esta sede se tornou pequena. Desta vez a dificuldade parecia muito grande, mas a obra era de Deus e por isso Maggiori esperava uma resolução positiva fruto da providência. A sua fé era inabalável.
PEDRO PAULO MAVILIO
Entre aqueles que apoiavam esta escola emerge a figura de um nobre: Pedro Paulo Mavilio, romano, que morava em Albano. Há muito tempo admirava a utilidade social desta escola e pensava em beneficiá-la de algum jeito. A ocasião chegou e ele ofereceu a Maria Maggiori o uso do seu palácio novo construído para seu uso, no bairro histórico da mesma cidade, local chamado ainda hoje de Cellomaio. Esta casa surge sobre os grandes restos das Terme Imperiais Romanas. Maggiori com o parecer favorável do Bispo aceitou a grandiosa oferenda que foi regularmente registrada como livre doação em data de 14 de fevereiro de 1735. Neste edifício faltava a Igreja indispensável para uma convivência religiosa. Pela generosidade do Mavilio, no breve período de um ano, foram adquiridas algumas pequenas e velhas casas que ficavam ao redor do palácio e que foram demolidas dando espaço para que se construísse a igreja e uma praça.
DA RUA S. PANCRAZIO A RUA CELLOMAIO
Era dia 02 de Julho do ano 1736, o esplendor do sol do verão fazia aparecer exteriormente a alegria que morava no fundo dos corações. Tudo foi preparado com carinho. A liturgia do dia lembrava a Visitação de Nossa Senhora.
Às 11:00 horas uma solene procissão com o SS.mo Sacramento levado pelo Vigário Geral da Diocese, Monsignor Fraccagnani acompanhado pêlos guardas Pontifícias, os estudantes do Seminário, pela Jovem Maria Maggiori, suas companheiras e muita participação do povo, saiu da Igreja matriz e se dirigiu à nova habitação. Estava presente também Sua Majestade Britânnica Thiago III de Stuard com a sua corte, os quais estavam passando as férias em Albano, hóspede do Pontífice no Palácio Savelli.
Cantando Salmos , laudes sagradas a procissão chegou a Rua Cellomaio, entrou na nova Igreja já inaugurada no dia 30 de Junho e foi colocado o SS. mo Sacramento no novo Sacrário, foi celebrada a SS. Missa, cantado o TE Deum em agradecimento a Deus, e dada uma solene benção Eucarística com canto. Com esta solene cerimônia religiosa, Maria Maggiori tomou posse oficialmente de toda a doação feita para sempre por Pedro Paulo Mavilio.
Conta-se que nesta circunstância, algumas pessoas do povo exclamaram com carinho; "Eis as nossas monginhas". Eram dez, e ainda não tinham o hábito religioso, mas pelo modo que viviam as pessoas já as consideravam almas consagradas a Deus pelo bem do próximo.
NA RUA CELLOMAIO
Na grande sede, a Rua Cellomaio, a nova instituição se encaminha a uma fisionomia própria requerida pêlos novos, tempos que amadureceram com uma rapidez única.
No ano de 1739 foi eleito Bispo da cidade de Albano o Cardeal Pier Luigi Carafa e com o seu auxílio em pouco tempo se conseguiu muitas coisas. Como exemplo, dia 11 de Julho com uma soleníssima cerimônia religiosa Maria Maggiori e as suas companheiras fizeram os votos religiosos receberam o hábito religioso e assumiram um nome novo. Maria Maggiori passou a se chamar Irmã Maria Ana Teresa do SS. mo Sacramento.
Dia 1° de junho 1745 são impressas as constituições e os regulamentos. Pela vida comunitária e para a direção das obras apostólicas, entretanto se reza, se trabalha e se espera o reconhecimento pontifício coroar as aspirações de longos anos. O breve pontifício do Papa Bento XIV chegou em 8 de Novembro 1745.
A alegria foi grande mas também foi grande a responsabilidade que se assumia, porque o reconhecimento jurídico colocava a obra iniciada como querida de Deus, e como tal, agora precisava conduzi-la. Com a ajuda de Deus tudo se cumpre, alguma coisa na realidade foi feita e se tinha muita esperança no futuro.
MARIA ANA TERESA MAGGIORI
Em sua sede na Rua Cellomaio, a bondosa Madre, por muitos anos ainda, foi a chefe e dirigiu a Obra do seu grande coração de Mãe em benefício de todos os filhos da sua amada Albano. Na sua longa existência, com a oração, seu admirável exemplo, e sua discreta intervenção.... quantas meninas foram educadas para o verdadeiro sentido da vida, quantas jovens libertadas da indigência e do mal, quantos comportamentos tortuosos organizados, quantos corações curados na paz de Deus, a verdadeira Paz!!! As crônicas contam que somente a sua presença materna, solucionava situações de brigas difíceis de serem resolvidas pelas autoridades, as quais pediam a intervenção da Madre Teresa seguros do excelente resultado. E assim acontecia.
Irmã Maria Ana Teresa Maggiori, fundadora e Madre do complexo Comunitário e Escolar -Educacional da Rua Cellomaio rica por virtudes e méritos voou santamente ao Senhor dia 23 de dezembro 1771, às 15 horas, deixando um grande vazio.
A primeira Irmã a substituí-la na direção desta Instituição reconhecida na sede Apostólica com o nome de " Instituto do Conservatório das irmãs Oblatas de Jesus e Maria" foi Irmã Maria Constante Biondi, nascida em Marino (Roma), que por muito tempo foi secretária da Fundadora e dela herdou uma solícita sabedoria.
Não tardou a chegar na Itália "o ciclone francês" que atravesou os Alpes e desceu até Roma. A história de Albano lembra bem disso....
Em fevereiro de 1798 os Franceses proclamaram a república Romana. Violência e roubos não tinham fim, o mesmo pontífice Pio VI foi deportado e faleceu em Valenza em agosto do 1799. Com o seu sucessor Pio VII, parecia que tinha voltado um pouco de paz, mas foi por um breve período.
A tempestade francesa voltou, engoliu Roma, deportou Pio VII profanando os lugares sacros, e suprimiu muitas congregações religiosas.
Também as nossas irmãs da Rua Cellomaio perderam todos os bens, foram proibidas de dar aula e foram obrigadas a deixar o hábito religioso, mas tiveram a sorte de poder continuar a viver juntas na própria casa, foi o único caso na cidade. Se conta também que foi a primeira comunidade a reutilizar o hábito e a reorganizar todas as atividades depois que o Papa voltou a Roma libertado, era o 24 de Maio de 1814 e também em Albano foi liberto o cardeal Michele de Pedro também ele tinha sido deportado. A vida com muita rapidez, voltou a normalidade e as atividades educativas progrediam sempre.
Mas o governo não era calmo, tinha algo que ainda estava fervendo... estávamos em 1870 trocam todas as leis e as congregações religiosas com sede na região de Roma e que realizavam atividades contemplativas foram declaradas inúteis à sociedade e foram suprimidas, os bens delas passavam ao estado. Também a nossa família religiosa foi suprimida e despida de tudo. As irmãs ficaram livres para ir embora ou para ficar em uma pequena parte da casa podendo viver com uma modesta aposentadoria na espera de morrer fisicamente.
Mas a Superiora daquele período, Irmã Maria Saveria Ballestrieri, romana, não aceitou passivamente estas leis e teve a coragem de abrir um pleito judicial contra a mesma lei e depois de oito anos foi feito justiça com uma sentença assim notificada: "Por errónea aplicação da lei" porque a nossa Congregação não era somente contemplativa, mas as irmãs eram dedicadas ao bem da sociedade. E também desta vez continuou-se a viver e a progredir em número, no trabalho especialmente no campo específico da educação e da instrução.
COM O PASSAR DO TEMPO
A Instituição ficou somente em Albano até o ano 1925, ano em que respondendo ao código de direito canônico foi revisado o texto das Constituições, com esta revisão foi liberada a fundação de outras comunidades. No outono do 1932 as Irmãs partiram para dois lugares da região de Avelino (Itália) Tudo estava indo bem, mas uma nova tempestade ameaçava outra vez a Itália e se manifestou abertamente em 1939. Era o início da segunda guerra mundial que acabou nos anos 1943-44. As Irmãs de Rua Cellomaio foram mandadas embora e a nossa casa se tornou centros de comando militar alemão. As irmãs depois de uma perigosa viagem, encontraram fraterna hospitalidade em Assis, cidade Santa. Ficaram ali por quatro meses esperando que este terrível momento tivesse fim. Isto se verificou em 17 de Junho 1944. Saíram deste momento salvas, junto com todos aqueles que estavam com elas em Assis, mas tinham também tido um derramamento de sangue em Albano com oito irmãs falecidas e sete feridas.
Neste momento renasceu no coração delas a esperança de voltar na tão amada casa de Cellomaio, conseguiram a folha de permissão que lhe possibilitava viajar de noite e no dia 3 de Julho de 1944 partiam da cidade que lhes havia demonstrado tanto carinho e proteção. Eram em dezenove Irmãs, com um caminhão alugado e dirigido pelo mesmo dono.
Dia 07 de Julho chegaram em Roma, entrando na Ponte Mavilio. Estava um esplêndido dia de verão, e o silêncio da manhã era profundo. Ali pararam hóspedes da Congregação das irmãs Orsolinas. Dia 10, três Irmãs partiram para Albano, onde encontraram a cidade deserta e destruída. Também a casa de Cellomaio estava destruída, cheia de perigos de todos os tipos.Com muita fé e coragem começaram o trabalho de reorganização e precisaram mais ou menos um ano para que todas as irmãs reentrassem e tudo voltasse a funcionar.
Mais uma vez a Obra começada pela Maggiori voltava a viver depois de uma terceira e terrível prova. Hoje esta Congregação está presente na região de Lazio, Campania, Basilicata, Lombardia (Italia),Paraná, Sergipe (Brasil), Buenos Aires (Argentina).
GRATA LEMBRANÇA
È um dever para nós depois de trezentos anos relembrar a pessoa de Maria Ana Teresa Maggiori que sem nenhuma reserva consagrou-se ao verdadeiro bem dos irmãos
Os seus restos mortais descansam na Igreja situada na rua Cellomaio, onde ela tanto adorou o Bom Deus,onde tanto rezou, na fé e esperança que a providência divina auxiliasse nas dificuldade que a vida apresenta todos os dias
A sua vida foi santa sob todos os aspectos, sempre a sombra da qual parece que irradia uma afetuosa assistência e proteção, sobretudo para todas as crianças e jovens que ainda hoje alegram a nossa casa, pelos quais dedicou com primoroso amor de mãe, toda a sua essistência, sua inteligência , seu coração e sua operosidade.
Sim, a bondosa Madre Maggiori, vive ainda hoje na sua Obra, através da humilde e simples dedicação das suas filhas espirituais, herdeiras desta nobre missão, tentando desafiar os outros séculos na maior Glória de Deus e para o bem de todos. Lembramo-la com reconhecimento pelos dons de Mestra de vida e grande Educadora. Somos muito mais gratas à Divina Providência por ter presenteado as nossas vidas com esta pessoa maravilhosa: Maria Ana Teresa Maggiori.
Cristo ainda chama. Que tal você?
MARIA MAGGIORI
Mulher que acreditou no Amor
Ir. Cleonice da Silva
Sergipe - Aracaju - Brasil
